Projeto prevê dique contra cheias no Parque Assis Brasil

Solução integra plano de remodelação do espaço em Esteio, mas depende da aprovação do governo estadual
Patricia Comunello
Jornal do Comércio on-line – capa 03/09/13 
Jornal do Comércio on-line 02/09/13
Jornal do Comércio 02/09/13
Jornal do Comércio – twitter 01/09/13
 
Pode até demorar outros 50 anos para se repetir em uma Expointer o volume de chuva que inundou parte da área de máquinas agrícolas e de provas do cavalo crioulo, duas das maiores atrações do evento. Mas a solução para prevenir o problema, verificado na semana passada na mostra, em Esteio, é prevista no projeto de remodelação do Parque Assis Brasil em exame no governo estadual. A empresa M. Stortti, responsável pelo estudo e detalhamento das melhorias e novas edificações e usos nos 134 hectares do Assis Brasil, recomendou a construção de um dique no traçado do arroio Esteio, que transbordou, e aterro com custo de R$ 8 milhões. A inundação atingiu 47 dos 127 expositores demáquinas, dificultando vendas em pelo menos cinco dias dos nove de feira, e gerou descontentamento das empresas. Provas de cavalos foram transferidas.
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Caso seja aceita pelo governo, a obra do dique poderia ficar pronta para a Expointer de 2014, assegura o sócio-diretor da M.Stortti, Maurenio Stortti. “É um pressuposto para o restante do projeto e traz maior nível de segurança. É aprovar e começar a fazer”, ressalta o sócio-diretor da consultoria, contratada pela Farsul, Simers e ABCCC por R$ 300 mil para fazer os estudos preliminares e projetos executivos da remodelação. O projeto completo é orçado em R$ 280 milhões e inclui centro educacional, parque tecnológico, museu do agronegócio, shopping e hotel. A maquete do complexo foi divulgada na feira de 2012. A inundação deste ano trouxe novamente à cena o debate da mudança de data da feira. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, justificou, ontem, que o calendário de outras mostras de pecuária (antes e depois da Expointer) dificultaria a alteração. 
A equipe da M.Stortti analisou a incidência de chuvas, identificou desníveis no terreno (o que gerou impacto diferenciado da precipitação), constatou a limitação de escoamento da água (ocupação urbana no entorno e implantação da BR-448 – que corta os fundos do parque – estreitaram o espaço para a água e endereçamento ao Rio dos Sinos) e lembrou queixas corriqueiras de expositores e visitantes sobre o efeito da chuva no local. “Fizemos pesquisa de opinião, e o barro foi a palavra mais citada”, acrescentou Stortti. O projeto sugere formação de aterro, que consumiria 260 metros cúbicos de terra, elevando o nível do terreno entre cinco e até 5,5 metros em alguns trechos mais baixos. A intervenção evitaria novas interdições dos estacionamentos de visitantes e expositores (portões 15 e 16) devido à inundação, como ocorreu entre segunda-feira e domingo.    
A direção do parque e a Secretaria Estadual da Agricultura, que lideram a mobilização pela parceria público-privada (PPP), não têm ainda definição sobre o dique e aterro. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, disse que ainda não havia feito uma análise mais profunda do projeto, entregue no começo da feira. Mainardi vai esperar a aprovação da PPP pela Assembleia Legislativa (AL). Depois disso, o secretário pretende acertar os contratos a serem firmados com os concessionários, como o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) e a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). As duas organizações planejam edificações e melhorias nas áreas que poderão explorar por 25 anos, prorrogáveis pelo mesmo período. O governador Tarso Genro anunciou que repassará R$ 5 milhões à ABCCC para instalar a cobertura da pista onde é travado o Freio de Ouro.
 
Entidades estimam R$ 35 milhões em melhorias
O diretor do parque, Telmo Motta, adiantou que pretende entregar uma lista de prioridades para infraestrutura. “O aterro é solução para cheias. O governo vai dizer como fazer”, apontou Motta, que espera o fim de intervenções provisórias e sem planejamento. O gestor citou que eventuais contrapartidas dos parceiros deverão constar nos contratos. Na assinatura dos acordos, primeiro passo após o aval da Assembleia Legislativa, cada entidade terá de mostrar projetos para as áreas. ABCCC e Simers projetam R$ 35 milhões em melhorias e novas instalações.
“A ABCCC já tem projeto, o Simers não apresentou ainda”, informou Motta. O parque elabora, por enquanto, projetos para substituir os atuais pavilhões de bovinos e ovinos, internacional, artesanato e gado leiteiro, com R$ 12,2 milhões do Bndes, e construirá o segundo pavilhão da agricultura familiar, com R$ 3,1 milhões do Ministério da Agricultura. Os R$ 15,3 milhões já estão na conta bancária do Estado. Motta espera ter a estrutura pronta para a edição do próximo ano.
O presidente da ABCCC, Mauro Raimundi Ferreira, disse que a solução contra cheias terá de ser garantida pelo governo, mas afirmou que a entidade não deve participar do custeio da obra. Segundo o presidente da associação de criadores, o aterro dará maior segurança à área da pista e às demais instalações a serem montadas na primeira fase do projeto da ABCCC. Para 2014, a meta é instalar a cobertura da pista, cujo dinheiro foi prometido por Tarso Genro. Ferreira informou que novos recursos serão captados com a venda de camarotes, apoio por meio de lei de incentivo e renda de competições. O presidente do Simers, Cláudio Bier, espera que a PPP esteja firmada até dezembro, dando tempo para executar obras para 2014. Bier quer custear parte das melhorias com os quase R$ 2 milhões que o sindicato hoje tem de repassar ao governo como parte da renda das locações das áreas na feira.
 
Palco de eventos e personalidades
Foram nove dias de muita atividade e agitação na casa do Jornal do Comércio durante a 37ª edição da Expointer. Várias personalidades passaram pelo local, que teve uma programação bastante diversificada. Mesas redondas, debates e eventos de confraternização aconteceram no espaço, montado especialmente para a feira. Nele, o visitante pode ainda saborear bebidas quentes, como café, chocolate, capuccino ou um delicioso caldinho de feijão. Confira no link abaixo o resumo da semana de feira, em uma das casas mais badaladas do Parque Assis Brasil. http://jcrs.uol.com.br/acontecendo.
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imprensa

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