Artigo do consultor de empresas Maurenio Stortti
Entre os pontos e o apelo de ajuda ao governo chinês, destacam-se questões importantes e fundamentais para a economia argentina neste momento, como o déficit fiscal crescente, queda dos investimentos estrangeiros no pais, redução das reservas do Banco Central, perda de respaldo político internacional e conflitos com sócios do Mercosul, leia-se em especial o Brasil. Além disso, a falta de recursos para investir em infraestrutura.
Este convênio, tal como foi denominado, tem como alvo o mercado brasileiro em especial. Ao permitir a “nacionalização” de produtos produzidos por clusters ou plataforma de produtos ensamblados na Argentina, o país vizinho estará dando ao mesmo conteúdo nacional o trânsito no Mercosul como produto argentino, em que pese ser genuinamente chinês.
A mesma estratégia, é bom lembrar, foi tentada pela China na província de Aragon, na cidade de Zaragoza, onde em meio à crise espanhola recente, o governo chinês acenou com compra da dívida do país e até financiamento de infraestrutura, desde que tivesse uma base ensambladora de produtos para entrar no mercado europeu através da Espanha, o que provocou uma reação estrondosa como agora na Argentina – pelo menos lá isto não foi aprovado.
O resumo e alvo disto é que esta estratégia, já em curso, deteriorará ainda mais a indústria de transformação não só da Argentina em dificuldade, mas sobretudo do Brasil, em especial do Rio Grande do Sul em setores como calçados, móveis, máquinas etc.
Salve-se quem puder, de Mercado Comum do Sul, como originalmente foi denominado o Mercosul, passamos ao Mercosul e a chinalização das economias do bloco, infelizmente.
Fonte: WH
Autor: Maurenio Stortti
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
http://www.consumidorrs.com.