A esperança da infraestrutura

Começa a sair da gaveta parte dos investimentos necessários para eliminar os grandes gargalos logísticos da região sul. Oportunidades são muitas – o que falta é planejamento.

“Dono de uma das principais consultorias de negócios da região, Maurênio Stortti salienta que o Estado tem evoluído na questão da infraestrutura de transportes. Ainda assim, é pouco perto do ideal. “Poderia se fazer mais, estar mais acelerado nas ferrovias, por exemplo. Apesar de tudo, o Rio Grande do Sul mudou para melhor, está mais ágil, agressivo e articulado”, afirma. Ainda assim, tanto o Rio Grande do Sul quanto os demais Estados da região vêm dando mostras claras ao mercado de que pretendem deixar os gargalos para trás.

Por Ricardo Lacerda

Continue lendo

POLO NAVAL (RS)

INFORME ECONÔMICO – Megaguindaste | MARIA ISABEL HAMMES

Como tudo é mega no polo naval de Rio Grande, o maior guindaste da América Latina também está em operação nos canteiros das obras locais, para fazer o içamento dos módulos das plataformas P-58 e P-63. Os números do equipamento, aliás, impressionam desde o transporte da Holanda ao município: 220 contêineres no deslocamento até a Quip, localizada no polo.

Continue lendo

Acerto de Contas 17/09/12

Polo Naval inflaciona terrenos em Rio Grande

Não é difícil encontrar relatos sobre terrenos que tiveram aumentos de preço superiores a 1.000% nos últimos anos em Rio Grande. A inflação se deve ao movimento de mercado provocado pelos investimentos do Polo Naval.

– Os preços subiram muito em Rio Grande. Também estão em elevação em São José do Norte, que está recebendo investimentos de estaleiros. – acrescenta o empresário Maurênio Stortti.

Há empresários que relatam não encontrar terrenos para seus investimentos com preços inferiores a R$ 1 milhão.

– Lembro que há alguns anos, havia terrenos custando R$ 10 mil próximos do porto. – recorda o advogado Isar Galbinski.

http://wp.clicrbs.com.br/acertodecontas/2012/09/17/polo-naval-inflaciona-terrenos-em-rio-grande/?topo=52,1,1,,171,e171

Pólo Naval Gaúcho

A repórter Giane Guerra conversou com o sócio-diretor da M.Stortti, Maurênio Stortti, sobre as fases do projeto que indica os pólos industriais do Rio Grande do Sul.

Entrevista com Maurênio Stortti. 02/09/2012

http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=265850&channel=232

 

Nota de divulgação no Acerto de Conta$, por Giane Guerra

Indústria oceânica vai gerar 65 mil empregos no Rio Grande do Sul. Falta de mão de obra preocupa.

02 de setembro de 2012

A indústria oceânica no Rio Grande do Sul acrescentará R$ 12,19 bilhões no PIB do Rio Grande do Sul. Deve gerar quase 65 mil empregos diretos. Considerando os indiretos, este número sobe para quase 240 mil.

A projeção foi apresentada pela empresa de planejamento M.Stortti em estudo encomendado pela Fiergs e Governo do Estado. Usa informações da Fundação de Economia Estatística.

O levantamento projeta ainda uma elevação de R$ 3,4 bilhões no rendimento das famílias gaúchas. A arrecadação tributária também terá impacto, com provável incremento de R$ 1,44 bilhão.

No estudo, o sócio-diretor da M.Stortti, Maurênio Stortti, projeta quais os municípios têm potencial de entrar nessa onda de investimentos da indústria oceânica. Consideram desde a presença de hidrovia até o nível de educação e saúde. Veja o quadro abaixo:

 

O Rio Grande do Sul tem o Polo de Rio Grande e lançou recentemente o Polo do Jacuí. Stortti, no entanto, manifestou ao Destaque Econômico, preocupação quanto à infraestrutura e à mão de obra.

Entrevista Maurênio Stortti.

Foto: Jonathan Heckler/Divulgação PMPA.

 

FIERGS apresenta estudo de modelagem econômica ao Pólo Naval


Plano de Desenvolvimento da Indústria Oceânica Gaúcha aponta diretrizes de trabalho

A nove meses da parceria firmada entre Fiergs e Governo do Estado, o presidente da Federação das Indústrias, Heitor José Müller, entregou ao governador Tarso Genro os estudos de modelagem econômica do Pólo Naval do Rio Grande do Sul. Duas vias do documento intitulado Plano de Desenvolvimento da Indústria Oceânica Gaúcha foram apresentadas na tarde desta terça-feira (21) no Palácio Piratini, durante evento que lançou oficialmente o Pólo Naval do Jacuí, comportando jornalistas, entidades de classe representativas, Petrobras e outras empresas que investirão no projeto.

A partir do protocolo de intenções assinado com o Governo do Rio Grande do Sul em dezembro de 2011, a Fiergs trabalha em múltiplas ações de apoio à indústria oceânica. Entre elas, estão os programas de qualificação de mão de obra e a contratação do grupo M.Stortti para as análises e elaboração do Plano de Desenvolvimento, que tem como objetivo oferecer diretrizes básicas a investidores, empresas da construção naval, entidades e municípios envolvidos.
De acordo com Heitor, os estudos de modelagem econômica resultam em um extenso relatório que contextualiza o setor e inclui questões sócio-econômicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva. O documento considera, entre outros, retorno a investidores via Parceria Público-Privada – PPPs, entrevistas com órgãos relacionados, mapa hidroviário e dados que compõem a matriz matemática relacionada às condições das áreas disponíveis em cada cidade.
“Esta é a primeira etapa, o inicio do projeto. Continuaremos trabalhando de forma sustentável em beneficio da sociedade gaúcha”, completa Heitor.
Na oportunidade, foram assinados o decreto que institui a localidade do Pólo Naval do Jacuí nas margens do Rio Jacuí e os protocolos de intenções que divulgam os investimentos em novos módulos da Petrobras e recursos da Iesa Óleo e Gás para a construção de plataformas em Charqueadas. Juntas, garantindo mais de 1.200 empregos diretos e cinco mil empregos indiretos.

Polo Naval Gera “Ramais” Longe do Mar de Rio Grande

Empresas apostam na navegabilidade do rio Jacuí e na mão de obra de outras regiões – principalmente Charqueadas – para produzir módulos de plataformas petrolíferas

Por Pedro Pereira

O mapa da indústria naval no Rio Grande do Sul vem passando por uma importante transformação. Antes restritas ao extremo sul do estado – principalmente na cidade de Rio Grande –, as atividades do setor agora encontram campo fértil na região do rio Jacuí. Em um primeiro momento, o município que está se beneficiando diretamente deste “transbordamento” da indústria naval de Rio Grande é Charqueadas, a 56 quilômetros de Porto Alegre e a 340 quilômetros da cidade que abriga o grande porto do Estado. Os trunfos de Charqueadas são suas escolas técnicas, com capacidade para formar mão-de-obra de boa qualidade, além do fácil acesso ao mar – uma vantagem que outros municípios situados no curso do Rio Jacuí também apresentam.

Um exemplo deste fenômeno é a chegada da IESA Óleo a Gás, com sede no Rio de Janeiro. A empresa anunciou investimento de R$ 20 milhões em área que foi desapropriada pela prefeitura de Charqueadas e deve empregar 1,2 mil pessoas na fabricação de módulos para plataformas de petróleo. “Serão treinados na região engenheiros, montadores, soldadores, eletricistas e encanadores e, para isso, a empresa contará com a excelente estrutura das escolas técnicas da cidade”, aposta Valdir Lima Carneiro, presidente da empresa. Outra companhia que aposta na mão de obra de Charqueadas é a Engecampo Engenharia Industrial, que se instalará em uma área arrendada de 16 hectares, ao lado da futura unidade da IESA – onde também fabricará módulos para plataformas de petróleo. A expectativa de utilização de mão de obra é de 450 postos efetivos e 400 empregos indiretos.

Segundo o consultor Maurênio Stortti, está claro que as cidades de Rio Grande e São José continuam sendo o lugar ideal para grandes empreendimentos, que necessitam de águas mais profundas. “Grandes estaleiros precisam de condições que existem só lá. Mas o segundo produto que a Petrobras vai demandar são os módulos – e Charqueadas é propícia porque tem área [para a instalação de novas indústrias] e calado de quatro metros até Rio Grande”, explica.

Outras empresas que devem desembarcar na região são a UTC e a Tomé Engenharia. A instalação da UTC ainda depende da desapropriação de uma área que será cedida pela prefeitura. O processo de liberação do terreno obteve parecer favorável e aguarda um depósito judicial para a emissão provisória de posse. Após a conclusão do processo, a empresa investirá R$ 118 milhões e deve gerar cerca de 1,5 mil postos de trabalho. Já a Tomé Engenharia afirma interesse em investir R$ 110 milhões na edificação e adequação de uma unidade industrial. A empresa empregará 2 mil pessoas na fabricação de partes de plataformas de petróleo e unidades de processo – como componentes, equipamentos, estruturas marítimas e módulos destinados à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás.

Na visão de Marcos Reis, diretor de suporte à gestão da Quip S/A, o Rio Grande do Sul está trabalhando para que a indústria naval beneficie todo o estado. Ele observa o desenvolvimento de ações semelhantes em outros pontos do Brasil – como Pernambuco, que já conta com um polo naval, e Ceará, onde há tratativas para a instalação de outro, além do já tradicional polo carioca. “A Petrobras tem uma demanda muito grande e outros estados podem vir a contar com novos estaleiros, mas esses estados que citei saem na frente”, analisa. Criada em 2006, a Quip S/A foi a primeira empresa a implementar uma plataforma no município de Rio Grande – a P-53, finalizada em 2008.

http://www.amanha.com.br/home-internas/3227-polo-naval-gera-ramais-longe-do-mar-de-rio-grande

— em Portal Revista Amanhã